Dívida Pública Federal do Brasil cai em setembro, mas permanece acima de R$ 8 trilhões

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil apresentou uma queda de 0,28% em setembro, conforme anunciado pelo Tesouro Nacional. O montante, que passou de R$ 8,145 trilhões em agosto para R$ 8,122 trilhões, marca um momento significativo, pois pela primeira vez superou a barreira de R$ 8 trilhões. Essa redução foi influenciada principalmente pelo vencimento de títulos vinculados aos juros, refletindo a dinâmica econômica atual do país.

Além da queda no valor total da DPF, o Tesouro emitiu R$ 157,298 bilhões em títulos, mas os resgates superaram as emissões, totalizando R$ 257,354 bilhões no mês. A apropriação de R$ 75,77 bilhões em juros também contribuiu para essa diminuição. A composição da DPF variou, com um aumento nos títulos prefixados, enquanto os títulos atrelados à Selic apresentaram um leve recuo.

As implicações dessa situação são significativas, especialmente com a Taxa Selic em 15% ao ano, que pressiona o endividamento do governo. O Plano Anual de Financiamento (PAF) sugere que a DPF deve encerrar 2025 entre R$ 8,5 trilhões e R$ 8,8 trilhões, indicando um cenário desafiador para a gestão fiscal. A confiança dos investidores também é refletida no aumento do prazo médio da DPF, que subiu de 4,09 para 4,16 anos, sinalizando uma adaptação às condições do mercado financeiro.

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