Deputados de esquerda do Rio de Janeiro expressaram críticas ao governador Cláudio Castro (PL) após uma operação policial que resultou em pelo menos 132 mortes. Em resposta ao evento ocorrido em 28 de outubro, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Reimont (PT-RJ), anunciou um plano para diligências nos complexos do Alemão e da Penha, bem como a solicitação para que uma comissão externa seja formada para investigar os fatos.
Os parlamentares lamentaram as perdas humanas e solicitaram ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a instalação de uma comissão para realizar oitivas e diligências relacionadas ao caso. Além das visitas programadas, os integrantes da comissão também planejam se reunir com movimentos sociais e autoridades do estado, como o defensor-geral e o procurador-geral de Justiça, a fim de discutir as implicações da operação que muitos consideram uma chacina.
A preocupação em torno da legalidade das ações policiais e a convocação para um enfoque mais inteligente nas operações refletem um clima de insatisfação entre os deputados. A líder do PSOL, Talíria Petrone (PSOL-RJ), afirmou que a comissão externa deve ser criada, enquanto a bancada negra da Câmara prepara uma representação no Ministério Público e na Procuradoria-Geral da República, exigindo a preservação das imagens das câmeras corporais utilizadas durante a operação.


