O deputado Rogério Correia (PT-MG) protocolou um pedido de prisão preventiva do ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios, Felipe Macedo Gomes, após sua recusa em responder perguntas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, realizada na segunda-feira (20). O requerimento foi fundamentado em investigações que indicam que Gomes utilizou a entidade para fraudar assinaturas e realizar descontos indevidos nos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa situação culminou em um movimento financeiro de R$ 143 milhões, com 96,9% dos aposentados alegando não ter autorizado os débitos em suas contas.
Correia argumenta que a liberdade de Gomes representa um risco à ordem pública, dada sua influência política e poder econômico, sugerindo que ele poderia fugir do país e comprometer a investigação. O ex-presidente é parte de um grupo conhecido como “jovens ricaços”, que gerencia várias entidades sob investigação, as quais coletivamente faturaram R$ 700 milhões em descontos indevidos. Além disso, a Polícia Federal identificou uma frota de carros luxuosos vinculada aos integrantes do esquema, aumentando as suspeitas sobre a origem dos recursos utilizados por Gomes.
A recusa de Gomes em colaborar descontentou os integrantes da CPMI, levando o relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), a planejar um pedido de prisão preventiva adicional. Um habeas corpus, concedido pelo ministro Dias Toffoli do STF, garantiu a Gomes o direito de permanecer em silêncio, enquanto seu advogado argumentou que ele estava na condição de investigado. Os próximos depoimentos na CPMI, programados para amanhã (23), poderão trazer mais esclarecimentos sobre as irregularidades envolvendo o INSS e suas implicações.


