O deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (PRD), teve sua prisão decretada em setembro de 2025 pela Justiça da Bahia. Ele é suspeito de liderar uma milícia envolvida em lavagem de dinheiro por meio de sua loja de autopeças em Feira de Santana. A esposa e o filho do parlamentar foram presos em operações anteriores e também são investigados por movimentações financeiras suspeitas.
Segundo a decisão judicial, a maioria dos crimes atribuídos ao deputado ocorreu antes do início do mandato ou não está relacionada às funções parlamentares, o que afastou o foro privilegiado para esses casos. A investigação, conduzida pelo Ministério Público da Bahia e pela Polícia Federal, revelou bloqueio de R$ 200 milhões em contas vinculadas ao grupo. O Supremo Tribunal Federal garantiu a continuidade das investigações após reverter decisão do Superior Tribunal de Justiça que havia anulado parte da operação por falhas na coleta de provas.
Até o momento, Binho Galinha permanece foragido, apesar de declarações da defesa sobre possível entrega. O caso expõe desafios no combate à lavagem de dinheiro e à atuação de milícias na região, podendo influenciar o cenário político local e fortalecer ações contra organizações criminosas no estado da Bahia.