Mensagens de WhatsApp e vídeos de drones foram utilizados como evidências pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para fundamentar a denúncia que desencadeou a Operação Contenção, realizada em 28 de outubro. Esta operação focou em desmantelar a estrutura do Comando Vermelho, resultando em acusações contra 69 indivíduos envolvidos no tráfico de drogas nos complexos da Penha e do Alemão.
O documento, elaborado pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revela a estrutura hierárquica da facção criminosa e detalha o papel de líderes como Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, que teria estabelecido um sistema de vigilância armada e ordens diretas a seus subordinados. Além disso, conversas interceptadas mostram o uso de drones para ataques e vigilância, evidenciando a crescente tecnologia utilizada por grupos criminosos para coordenar suas atividades.
As implicações dessa operação são significativas, destacando a necessidade de um combate mais eficaz ao crime organizado no Brasil. A utilização de ferramentas tecnológicas por facções como o Comando Vermelho levanta questões sobre a segurança pública e a capacidade das autoridades em monitorar e responder a esse tipo de crime. Com 121 mortes confirmadas, esta operação se tornou uma das mais letais na história do estado, colocando em evidência a urgência de estratégias inovadoras para enfrentar a criminalidade no país.

