João Arruda, ex-CFO da Ambipar, comunicou sua demissão em um e-mail enviado em 19 de setembro, após convocar uma reunião que não se concretizou. Sua saída ocorreu em meio a intensos questionamentos de acionistas e credores sobre a gestão financeira da multinacional, especialmente em relação a um contrato controverso com o Deutsche Bank, que introduziu instrumentos financeiros complicados.
No e-mail, Arruda expressou sua insatisfação com a falta de transparência nas operações da empresa, afirmando que não estava sendo adequadamente informado sobre decisões cruciais, o que comprometia sua capacidade de atuar como CFO. Ele destacou a importância de uma governança rigorosa em uma empresa de capital aberto e mencionou que a recente demissão do diretor jurídico exacerba as preocupações sobre a administração da Ambipar.
As implicações dessa demissão podem ser significativas, com a possibilidade de um impacto negativo na confiança dos investidores e na avaliação de crédito da empresa, que já foi rebaixada por agências especializadas. A situação levanta questões sobre a governança corporativa na Ambipar e a necessidade de maior transparência nas operações financeiras, especialmente em tempos de crise.

