Déficit fiscal preocupa e gera incertezas para 2026, apontam economistas

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O Tesouro Nacional anunciou um déficit primário de R$ 100,4 bilhões até setembro de 2025, o que gerou preocupações entre economistas em relação à situação fiscal do país. Embora o resultado tenha ficado dentro das projeções, a pressão das despesas discricionárias, especialmente as emendas parlamentares, continua a ser um fator de risco para o futuro. Economistas indicam que o cenário em 2026 pode ser ainda mais difícil, considerando a tendência de crescimento das despesas.

Em setembro, o déficit primário foi de R$ 14,5 bilhões, superando o resultado negativo de R$ 5,2 bilhões do mesmo mês em 2024. A arrecadação líquida teve um crescimento modesto de 0,6%, enquanto as despesas totais aumentaram 5,7% em termos reais. Este desequilíbrio fiscal chama a atenção, especialmente com a expectativa de desaceleração na arrecadação tributária nos próximos meses, o que poderá gerar uma dependência maior de receitas extraordinárias.

Com a projeção de déficit primário em R$ 60,7 bilhões para 2025, economistas destacam a necessidade de um esforço adicional para atingir a meta fiscal. A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado estima que o governo precisará de R$ 27,1 bilhões a mais no último trimestre de 2025. Essa situação acentua as incertezas sobre a sustentabilidade fiscal no período eleitoral de 2026, aumentando a percepção de risco entre especialistas.

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