Desde 1960, Cuba sofre um bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, reforçado por legislações como o Cuban Democracy Act (1992) e a Lei Helms-Burton (1996), que atingem até países terceiros que mantêm relações comerciais com a ilha. Estima-se que os prejuízos ultrapassem um trilhão de dólares, afetando setores essenciais como saúde, educação e indústria. A pandemia da covid-19 agravou ainda mais a crise, especialmente com a paralisação do turismo, principal fonte de divisas do país.
Apesar das dificuldades, Cuba demonstrou notável resiliência ao desenvolver vacinas próprias contra a covid-19, como a Soberana 02, com eficácia superior a 90% em três doses. O país também manteve suas missões médicas internacionais, reafirmando sua tradição solidária. Em 2025, Cuba tornou-se parceira dos Brics, o que representa um avanço estratégico para ampliar sua integração econômica e tecnológica, além de acesso ao Novo Banco de Desenvolvimento.
Essa nova fase abre oportunidades em áreas como biotecnologia e inteligência artificial, fortalecendo os laços com o Sul Global diante do embargo considerado ilegal por grande parte da comunidade internacional. A solidariedade revolucionária segue sendo um pilar da identidade cubana, que resiste às adversidades com dignidade e esperança, desafiando visões simplistas sobre o país.