A crise do Estado de Direito tem se manifestado em vários países, influenciando diretamente seus níveis de desenvolvimento econômico. Segundo a literatura econômica contemporânea, especialmente os estudos de Daron Acemoglu e James Robinson, as instituições desempenham papel fundamental na trajetória de crescimento ou estagnação das nações. A ausência de instituições fortes e justas compromete a estabilidade e a prosperidade, perpetuando desigualdades históricas.
Diversos fatores foram tradicionalmente apontados para explicar as diferenças econômicas entre países, como geografia, clima e recursos naturais. No entanto, a análise mais recente destaca que a qualidade das instituições — incluindo o respeito às leis, a transparência e a justiça — é o elemento central para o sucesso econômico. Países com instituições sólidas tendem a criar ambientes favoráveis ao investimento e à inovação, enquanto aqueles com instituições frágeis enfrentam desafios estruturais que limitam seu progresso.
Essa perspectiva tem implicações importantes para políticas públicas e estratégias internacionais de desenvolvimento. Fortalecer o Estado de Direito pode ser um caminho eficaz para reduzir a pobreza e promover crescimento sustentável. Assim, a atenção global deve se voltar para reformas institucionais que garantam governança democrática e respeito às normas jurídicas, essenciais para o avanço econômico e social.