As eleições legislativas na Argentina, agendadas para o dia 26, ocorrem em um ambiente de crescente preocupação com a corrupção governamental. Aproximadamente 70% dos argentinos acreditam que muitos membros do governo estão envolvidos em práticas corruptas, uma percepção que supera a inquietação em relação à inflação, que por muito tempo foi a principal preocupação do eleitorado.
A deterioração da imagem do governo é atribuída a uma série de escândalos, incluindo denúncias ligadas à compra de medicamentos e alegações de conexões do principal candidato do governo a um empresário preso por tráfico de drogas. Apesar de uma diminuição significativa da inflação, que caiu de 25% em dezembro para menos de 2% atualmente, a população enfrenta dificuldades econômicas severas, com cerca de 50% dos cidadãos endividados e lutando para fechar o mês com seus rendimentos.
O resultado das eleições poderá impactar diretamente a governabilidade do país, com a necessidade de negociações para aprovar leis no Congresso, uma vez que nenhuma força política deve alcançar a maioria. Atualmente, a pesquisa aponta a Liberdade Avança com 41,1% das intenções de voto, seguida pela Força Pátria com 37,2%, refletindo um cenário eleitoral fragmentado que exigirá cooperação entre os partidos para a aprovação de medidas urgentes.

