A capital peruana, Lima, vive um clima de instabilidade com a decretação de estado de emergência pelo presidente José Jerí, a 29 de novembro, data da final da Copa Libertadores entre Flamengo e Palmeiras. O governo adotou a medida por 30 dias em resposta ao aumento da criminalidade e aos intensos protestos que tomam as ruas da cidade. A Conmebol ainda não se manifestou sobre o decreto, mas a final permanece agendada para o Estádio Monumental de Lima.
Os protestos se intensificaram após a morte do rapper Trvko, gerando uma onda de manifestações que exigem reformas políticas, incluindo o fechamento do Congresso e a renúncia de Jerí. O presidente, que assumiu o cargo após o impeachment de Dina Boluarte, busca concluir seu mandato interino até as eleições gerais previstas para abril de 2026. A situação atual levanta preocupações sobre a segurança e a viabilidade do evento esportivo na capital peruana.
Mudanças de sede em eventos anteriores, como a final de 2019, já demonstraram que a instabilidade política pode impactar a realização de competições internacionais. Com o estado de emergência, a expectativa é que o governo tome medidas mais rigorosas para controlar a situação, enquanto a Conmebol avalia os riscos associados à final da Libertadores. Assim, o cenário continua incerto para os torcedores e para o próprio governo peruano, que enfrenta grandes desafios sociais e políticos.

