Um parecer jurídico da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento de São Paulo questiona a validade do alvará concedido para a construção de duas torres residenciais no terreno da Casa Piauí, um casarão tombado localizado na Rua Piauí, em Higienópolis. Este imóvel é notável por ter sido residência da família do ex-presidente Rodrigues Alves e, mais tarde, sede do Dops, órgão de repressão durante a ditadura militar no Brasil.
A polêmica em torno da construção levanta preocupações sobre a preservação do patrimônio histórico da cidade. A Casa Piauí, por sua importância cultural e histórica, é um símbolo da memória paulista, e a possibilidade de construção no local gerou divisões entre os membros da Prefeitura. As implicações desse caso podem afetar futuras decisões sobre urbanismo e conservação patrimonial em São Paulo.
As disputas internas na Prefeitura refletem um dilema comum em grandes cidades: equilibrar o desenvolvimento urbano e a proteção do patrimônio histórico. O desdobramento dessa situação poderá influenciar políticas de licenciamento e a forma como projetos semelhantes são avaliados no futuro, além de impactar a percepção pública sobre a gestão do espaço urbano na capital.