Conselheiros do Avaí Futebol Clube protocolaram um requerimento solicitando informações detalhadas sobre as atividades da Genial Investimentos, empresa contratada para captar investidores para a SAF do clube. O pedido foi motivado pela Operação “Carbono Oculto”, deflagrada pela Polícia Federal para investigar um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo fundos de investimento ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O foco é esclarecer se houve qualquer relação entre o fundo Radford, sob gestão do Banco Genial, e as negociações conduzidas em nome do Avaí.
O Banco Genial assumiu a administração do fundo Radford em agosto de 2024 e foi surpreendido com as investigações, afirmando não ter sido notificado oficialmente e repudiando qualquer envolvimento. Em resposta ao requerimento dos conselheiros, a diretoria do Avaí informou que não pode divulgar detalhes devido a acordos de confidencialidade, mas confirmou que o Banco Genial negou qualquer contato ou tratativa com o fundo investigado. Os conselheiros destacam a importância da transparência para evitar que o clube seja vítima de operações fraudulentas.
O episódio evidencia a necessidade de rigor na fiscalização das parcerias financeiras no futebol brasileiro, especialmente diante de investigações que envolvem organizações criminosas. A postura adotada pelo Avaí e pela Genial reforça o compromisso com a governança e a ética, mas também sinaliza desafios para a gestão de clubes diante da complexidade do mercado de investimentos. O desdobramento desse caso poderá influenciar futuras negociações e a reputação institucional do clube catarinense.