A entrada de fintechs e a crescente concorrência entre instituições financeiras têm impactado positivamente o custo do crédito no Brasil. Estudo recente indica que a participação dos cinco maiores bancos na concessão de empréstimos caiu de 86% em 2013 para 78% atualmente, sinalizando uma mudança significativa na dinâmica do mercado financeiro. Essa transformação é atribuída ao avanço tecnológico e à crescente digitalização dos serviços bancários, que favorecem a competição e a transparência.
Segundo o economista Einar Rivero, a pressão competitiva levou os grandes bancos a reverem suas margens e a reduzirem os spreads, que representam a diferença entre os juros cobrados e os pagos por títulos bancários. O spread bancário, por exemplo, apresentou uma redução expressiva ao longo dos últimos anos, refletindo a ascensão de bancos médios e cooperativas, que oferecem serviços digitais a custos menores. Assim, os consumidores passaram a ter mais opções na hora de contratar empréstimos, contribuindo para um ambiente financeiro mais dinâmico.
As novas plataformas de investimento também desempenham um papel crucial nesse cenário, permitindo que bancos menores competam em escala nacional. O Open Finance e outras regulamentações facilitaram o acesso a informações financeiras, tornando a comparação de taxas uma prática comum entre os consumidores. Com isso, a expectativa é que essa tendência de queda nos custos de crédito continue, beneficiando tanto pessoas físicas quanto empresas.