Durante séculos, países ricos exploraram colônias em busca de riquezas naturais, deixando as populações locais sem benefícios. Atualmente, essa dinâmica se repete na ciência, especialmente em pesquisas sobre biodiversidade no Sul Global. Cientistas de nações desenvolvidas realizam estudos em regiões economicamente vulneráveis sem incluir ou reconhecer adequadamente os pesquisadores locais, prática conhecida como colonialismo científico ou ciência de paraquedas.
Essa exclusão impede o desenvolvimento científico local e reforça desigualdades históricas entre países ricos e pobres. Além disso, compromete a qualidade e a legitimidade das pesquisas, pois ignora conhecimentos tradicionais e contextuais essenciais para a conservação da biodiversidade. O debate sobre o colonialismo científico tem ganhado força, exigindo maior colaboração e reconhecimento dos cientistas locais.
A mudança desse cenário pode fortalecer a ciência global, promovendo justiça e inclusão nas pesquisas ambientais. Instituições internacionais e governos são chamados a criar políticas que garantam a participação efetiva dos pesquisadores locais, valorizando seus saberes e contribuindo para o desenvolvimento sustentável das regiões estudadas.