Colômbia: Sanções dos EUA contra Petro geram dilemas para bancos

Laura Ferreira
Tempo: 2 min.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, foi alvo de sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos no dia 24 de outubro de 2025, que incluem o bloqueio de bens e restrições em transações financeiras. O Departamento do Tesouro dos EUA argumentou que a produção de cocaína na Colômbia cresceu sob sua administração, alegando que Petro permitiu a prosperidade de cartéis de drogas. A medida gera incertezas sobre o cumprimento das normas internacionais e a legislação local pelas instituições financeiras colombianas.

Após o anúncio das sanções, a Associação Bancária da Colômbia reafirmou seu compromisso em seguir as normas internacionais, mas também destacou a necessidade de respeitar os direitos dos consumidores e a legislação local. O advogado especializado em sanções internacionais, Javier Coronado Diaz, ponderou que as instituições financeiras devem cumprir as ordens dos EUA para evitar consequências legais severas. A situação se complica ainda mais pela incerteza em torno das normas nacionais de prevenção à lavagem de dinheiro.

As sanções não afetam apenas Petro, mas também sua família e assessores, que foram identificados como facilitadores de suas atividades. Embora a sanção de Petro seja distinta da Lei Magnitsky aplicada a autoridades brasileiras, ambas as medidas refletem a crescente intervenção dos EUA em questões de corrupção e tráfico de drogas na América Latina. Com a possibilidade de retomada do diálogo entre Brasil e EUA, as sanções e suas implicações continuam a ser um tema de discussão crucial na região.

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