Clientes de bares na região dos Jardins, bairro nobre de São Paulo, passaram a exigir nota fiscal das bebidas para garantir sua procedência após a interdição do bar Ministrão, na terça-feira (30), sob suspeita de venda de destilados adulterados com metanol. Segundo funcionários ouvidos pelo Poder360 na quarta-feira (1º), o movimento nos estabelecimentos se manteve estável, mas os consumidores demonstram maior cautela e questionam a origem dos produtos.
A Vigilância Sanitária e a Polícia Civil intensificaram as fiscalizações e fecharam o bar Ministrão, suspeito de comercializar bebidas contaminadas. A intoxicação por metanol já resultou em 41 casos notificados em dois meses, com seis mortes confirmadas em São Paulo. Associações como Abrasel e Abrabe recomendam que consumidores verifiquem lacres, rótulos e exijam nota fiscal para evitar riscos. Clubes sociais da capital paulista suspenderam temporariamente a venda de destilados como medida preventiva.
O ministro da Justiça e Segurança Pública solicitou à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar a origem e a rede de distribuição do metanol adulterado. O metanol é uma substância tóxica que pode causar morte mesmo em pequenas doses. As autoridades reforçam a importância do diagnóstico precoce e do tratamento médico imediato para reduzir sequelas e fatalidades decorrentes da intoxicação.