Pesquisadores confirmaram que fósseis de tiranossauros encontrados em Montana, EUA, pertencem a uma nova espécie, o Nanotyrannus lancensis, e não a jovens exemplares de Tyrannosaurus rex. O estudo, publicado na revista Nature, encerra um debate que perdurou por quase um século, reclassificando o fóssil do famoso achado conhecido como ‘Dinossauros em Duelo’. As análises indicam que o espécime era um adulto, medindo cerca de seis metros e pesando aproximadamente 700 quilos.
A nova classificação do Nanotyrannus altera a compreensão sobre a diversidade de tiranossauros que coexistiram no final do Cretáceo. Os pesquisadores observaram características distintas, como braços mais longos e diferentes padrões cranianos, que o diferenciam do T. rex. Além disso, a reavaliação de outro fóssil conhecido como ‘Jane’ levou à identificação de mais uma espécie de Nanotyrannus, chamada Nanotyrannus lethaeus, o que reforça a ideia de um ecossistema mais complexo e competitivo entre os dinossauros.
Esses novos dados têm implicações significativas para a paleontologia, pois muitos estudos anteriores sobre o crescimento e comportamento do T. rex podem precisar ser revisados. A descoberta também levanta questões sobre como eram os verdadeiros adolescentes de T. rex, uma área ainda não completamente explorada. Assim, a pesquisa não apenas reconstrói a história dos tiranossauros, mas também enriquece o entendimento sobre a dinâmica ecológica da era dos dinossauros.

