Zhimin Qian, uma cidadã chinesa, foi condenada nesta segunda-feira (29) no Tribunal da Coroa de Southwark, em Londres, por liderar um esquema fraudulento que resultou na maior apreensão de bitcoins da história, avaliada em mais de 5 bilhões de libras (cerca de R$ 36 bilhões). Entre 2014 e 2017, Qian enganou mais de 128 mil vítimas na China, acumulando os fundos roubados em criptomoedas. A investigação da Polícia Metropolitana durou sete anos e envolveu cooperação internacional.
Após fugir da China com documentos falsificados, Qian entrou no Reino Unido, onde tentou lavar o dinheiro adquirido ilegalmente por meio da compra de imóveis. Uma cúmplice foi presa e condenada a mais de seis anos de prisão por sua participação no esquema. A polícia apreendeu um total de 61 mil bitcoins ligados ao caso, evidenciando o uso crescente das criptomoedas para ocultar ativos criminosos.
A condenação marca um avanço significativo no combate a crimes financeiros envolvendo criptoativos, com esforços para garantir a devolução dos valores às vítimas. A sentença definitiva ainda será proferida após julgamento dos demais envolvidos. O caso destaca a importância da regulamentação e fiscalização das criptomoedas para prevenir fraudes globais.