Em setembro de 2025, a China ultrapassou o Brasil e se tornou o principal parceiro comercial da Argentina, uma situação que não ocorria desde novembro de 2022. Essa mudança foi impulsionada pela liberação temporária das chamadas ‘retenciones’ do agronegócio, facilitando um aumento significativo nas exportações argentinas de soja para o mercado chinês.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) indicaram que, em setembro, o país exportou US$ 1,293 bilhão para a China, representando 15,9% do total, enquanto as exportações para o Brasil somaram US$ 1,170 bilhão. Além disso, as importações argentinas de produtos chineses alcançaram US$ 1,816 bilhão, superando os US$ 1,722 bilhão originados do Brasil, configurando uma corrente de comércio de US$ 3,10 bilhões com a China contra US$ 2,892 bilhões com o Brasil.
Esse cenário reflete um aproveitamento notável da janela de vendas agrícolas, com as exportações argentinas para a China subindo 201,7% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em contrapartida, as exportações para o Brasil caíram 11,1%, evidenciando a dinâmica de mercado em mudança e os desafios que o Brasil enfrenta, especialmente nas vendas de manufaturados industriais.