A China atingiu um marco significativo ao superar 10 mil quilômetros de gasodutos submarinos, após concluir a instalação de um trecho em águas profundas na baía de Bohai, no norte do país. A informação foi divulgada pela emissora estatal CCTV em 1º de outubro de 2025. Esses gasodutos têm capacidade para transportar combustíveis verdes, como hidrogênio e gás de xisto, o que reforça a flexibilidade da China na sua transição energética.
O relatório da CCTV destaca que até 2030 o comprimento total dos gasodutos submarinos deve ultrapassar 13 mil quilômetros, consolidando a infraestrutura offshore chinesa. Neste ano, entraram em operação dois gasodutos em águas profundas que abastecem um campo de gás natural próximo à província insular de Hainan, garantindo a interconexão da rede ao redor da ilha.
Além disso, a China e a Rússia firmaram recentemente um acordo para construir o gasoduto Power of Siberia 2, que ampliará significativamente o fornecimento de gás russo ao mercado chinês. Atualmente, o Power of Siberia 1 fornece 38 bilhões de metros cúbicos por ano; com o novo gasoduto, a capacidade deve chegar a 106 bilhões. O projeto inclui ainda o oleoduto Soyuz-Vostok, que atravessará a Mongólia, com contrato previsto para durar 30 anos, fortalecendo a cooperação energética entre os países.