Os dados da balança comercial da Argentina revelaram que, em setembro de 2025, a China se tornou o maior parceiro comercial do país, superando o Brasil pela primeira vez desde novembro de 2022. Essa mudança foi atribuída à liberação temporária das chamadas ‘retenciones’ do agronegócio pelo governo argentino, que favoreceu as exportações de soja para a China. As exportações para o parceiro asiático totalizaram US$ 1,293 bilhão, enquanto para o Brasil foram de US$ 1,170 bilhão.
O Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) informou que as importações argentinas de produtos chineses também aumentaram, somando US$ 1,816 bilhão, representando 25,2% do total. Em contrapartida, as compras argentinas de produtos brasileiros cresceram apenas 12,5% em relação ao ano anterior, destacando um aumento nas importações de veículos e tratores. A corrente de comércio com a China alcançou US$ 3,10 bilhões, enquanto com o Brasil foi de US$ 2,892 bilhões.
As consequências dessa mudança podem impactar as relações comerciais entre Argentina e Brasil, já que a queda nas exportações de manufaturados brasileiros para a Argentina, como veículos e trigo, mostra uma tendência preocupante. Além disso, a constante mudança no cenário comercial pode exigir adaptações estratégicas por parte dos dois países para manter suas respectivas posições no mercado. A expectativa é que o governo argentino avalie o impacto dessas medidas nas suas relações comerciais a longo prazo.