A China deverá realizar compras significativas de soja americana, conforme anunciado pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, após uma série de reuniões em Kuala Lumpur no último domingo (26). Esse movimento é interpretado como um sinal positivo de distensão nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, que têm enfrentado tensões nas últimas semanas.
As declarações de Bessent surgem após diálogos com o vice-premiê chinês, onde foram discutidos vários temas bilaterais, incluindo o setor agrícola. O compromisso de aumentar as importações de soja dos EUA pode trazer alívio para os produtores americanos, que já enfrentam dificuldades financeiras, especialmente após a China ter se afastado do mercado. Contudo, analistas alertam que a capacidade da China de realizar compras imediatas é limitada, já que as processadoras chinesas garantiram volumes suficientes para atender à demanda até o fim de 2026.
Caso a China confirme a retomada das compras, isso poderá influenciar os preços do mercado e melhorar a situação dos agricultores dos EUA. No entanto, a estratégia de longo prazo da China deve focar na diversificação de fornecedores e no fortalecimento da produção interna, visando reduzir a dependência em relação aos Estados Unidos. As tensões comerciais recentes demonstraram a necessidade da China de garantir sua segurança alimentar, o que pode afetar futuras negociações e a dinâmica do comércio internacional.