Gerardo Werthein, chanceler da Argentina, apresentou sua renúncia ao presidente Javier Milei apenas quatro dias antes das eleições legislativas. A decisão, que será efetivada na próxima segunda-feira, ocorre em um momento crítico para o país, que enfrenta uma forte crise financeira e pressões políticas intensas.
Durante seu tempo no cargo, que começou em outubro de 2024, Werthein buscou alinhar a política externa da Argentina com os Estados Unidos e Israel. Contudo, sua gestão foi marcada por desafios, incluindo a falta de apoio do governo norte-americano e críticas por parte de aliados políticos, especialmente após um encontro bilateral que não atendeu às expectativas. A renúncia vem em um momento em que a corrida cambial no país é uma preocupação constante.
A saída de Werthein poderá ter implicações significativas para a política externa argentina, especialmente no que diz respeito aos relacionamentos com aliados estratégicos. Com a nova configuração política que pode surgir após as eleições, a Argentina poderá reavaliar sua abordagem nas relações internacionais, o que pode afetar tanto sua economia quanto sua posição geopolítica na América Latina.