A Controladoria-Geral da União (CGU), órgão vinculado ao governo Lula, manteve negociações com a J&F, conglomerado empresarial dos irmãos Wesley e Joesley Batista, para estabelecer um novo acordo de leniência. As tratativas ocorreram até janeiro de 2025 e se deram em paralelo ao acordo original firmado em 2017 com o Ministério Público Federal. O objetivo principal é ampliar o compromisso da J&F com medidas de compliance e transparência, reforçando sua cooperação com órgãos públicos.
O contexto dessas negociações revela uma estratégia do governo para fortalecer mecanismos de controle e fiscalização sobre grandes grupos empresariais envolvidos em investigações anteriores. A J&F, que já possui histórico de acordos judiciais, busca ajustar suas obrigações legais para evitar sanções mais severas e garantir maior estabilidade institucional. A CGU atua como agente fiscalizador, buscando assegurar que os compromissos assumidos sejam efetivamente cumpridos.
Esse movimento pode resultar em mudanças significativas na relação entre o setor público e privado no Brasil, especialmente no que diz respeito à prevenção da corrupção e à transparência corporativa. A formalização do novo acordo poderá influenciar futuras políticas de governança e o ambiente regulatório para grandes empresas, além de impactar a percepção pública sobre a eficácia dos mecanismos anticorrupção adotados pelo governo.