Desde o início de setembro, a região metropolitana de São Paulo registra casos de intoxicação e mortes associadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A substância tóxica ataca diretamente o nervo óptico, essencial para a visão, podendo causar desde visão borrada até cegueira permanente. Autoridades investigam os incidentes enquanto alertam para os riscos do consumo dessas bebidas.
O metanol é metabolizado pelo fígado em formaldeído e ácido fórmico, compostos que comprometem a produção de energia das células nervosas do nervo óptico. Essa deficiência energética provoca inchaço e morte celular, resultando em danos irreversíveis à visão. Os sintomas podem surgir entre seis e 24 horas após a ingestão e incluem tontura, náusea, fotofobia e manchas escuras no campo visual.
O tratamento imediato é fundamental para conter os efeitos da intoxicação, utilizando etanol como antídoto e, em casos graves, hemodiálise para eliminar o metanol do organismo. O governo federal orienta a população a buscar atendimento médico urgente ao identificar sintomas suspeitos e disponibiliza canais de contato para orientação especializada. A situação reforça a necessidade de vigilância rigorosa sobre a qualidade das bebidas comercializadas.