A casa projetada pelo artista Fulvio Pennacchi, localizada no bairro Jardim Europa, em São Paulo, será demolida em breve. Construída na década de 1940, a residência abrigou Pennacchi, sua esposa Filomena Matarazzo e os oito filhos do casal, tornando-se um símbolo da união entre o artista italiano e a aristocracia industrial paulistana com raízes italianas. Apesar da demolição, os afrescos originais criados por Pennacchi serão preservados e transferidos para um parque localizado no sul do país.
O imóvel vinha sendo alvo de debates entre preservacionistas e proprietários, refletindo o conflito entre o avanço imobiliário e a conservação do patrimônio cultural. A decisão pela demolição encerra uma novela que mobilizou artistas, historiadores e autoridades locais, evidenciando as dificuldades para proteger bens históricos em áreas valorizadas da capital paulista. A transferência dos afrescos para um espaço público visa manter viva a memória artística do casal e garantir o acesso da população às obras.
Este desfecho traz à tona questões sobre políticas de preservação cultural e o impacto do crescimento urbano nas construções históricas. Embora a casa deixe de existir, a iniciativa de salvar os afrescos representa um esforço para equilibrar desenvolvimento e memória cultural. O caso pode servir de referência para futuras decisões envolvendo patrimônios artísticos em áreas urbanas valorizadas.

