A Casa Branca defendeu nesta quarta-feira (1º) sua política migratória após o papa Leão XIV criticar o que chamou de “trato desumano” sofrido por imigrantes sem documentos nos Estados Unidos. O pontífice, primeiro papa americano, afirmou que não é coerente ser contra o aborto e apoiar o tratamento desumano a imigrantes. Ele também criticou a pena de morte, ainda vigente em vários estados americanos.
Leão XIV fez essas declarações a jornalistas em sua residência de verão em Castel Gandolfo, na Itália. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, católica praticante, rejeitou as críticas e afirmou que a atual administração tenta aplicar as leis migratórias da forma mais humana possível. Ela ressaltou que o tratamento desumano ocorreu principalmente durante o governo anterior, quando houve recorde de cruzamentos na fronteira sul.
O episódio evidencia a tensão entre a Igreja Católica e o governo dos EUA sobre direitos humanos e políticas migratórias. As declarações do papa podem influenciar o debate público e político no país, especialmente em um contexto de crescente polarização sobre imigração e justiça social.