A deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo, encontra-se presa na Itália desde julho, mas seu gabinete continua ativo na Câmara dos Deputados. Recentemente, os gastos com sua equipe aumentaram, alcançando R$ 103 mil em setembro, o que representa um crescimento significativo em relação aos meses anteriores. Zambelli, condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, enfrenta um processo de cassação por quebra de decoro e acumula faltas nas sessões plenárias.
Desde que solicitou licença do mandato em maio, Zambelli utilizou R$ 127,8 mil da cota parlamentar para pagar salários de sua equipe, que atualmente conta com 12 servidores. A Câmara dos Deputados ainda não se pronunciou oficialmente sobre a situação, enquanto a assessoria da parlamentar não respondeu a pedidos de esclarecimento sobre as contratações recentes realizadas durante sua detenção. Essa situação levanta questões sobre a transparência e a ética no uso de recursos públicos por parte de um parlamentar em situação legal complexa.
Adicionalmente, a defesa de Zambelli recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos, argumentando que a deputada carece de tratamento médico adequado e que seu processo de extradição violou garantias fundamentais. A parlamentar já teve pedidos de prisão domiciliar e recursos negados, e o futuro de seu mandato se encontra em risco, com potenciais consequências políticas e legais significativas. O desfecho desse caso pode influenciar a percepção pública sobre a integridade do sistema político brasileiro e suas instituições.


