A deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo, está presa na Itália desde julho de 2025, mas continua a operar seu gabinete na Câmara dos Deputados. Recentemente, seus gastos com a equipe parlamentar alcançaram R$ 103 mil em setembro, superando os valores dos meses anteriores. A parlamentar, condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acumula faltas e enfrenta um processo de cassação que pode resultar na perda de seu mandato.
Desde que solicitou licença do cargo, Zambelli utilizou R$ 127,8 mil de sua cota parlamentar para pagar salários a até 25 assistentes. Embora os gastos tenham diminuído em junho e julho, houve um aumento significativo em setembro, com 12 servidores atualmente lotados em seu gabinete, sendo que 10 foram contratados enquanto ela já estava detida. A Câmara dos Deputados ainda não se manifestou sobre a situação e a assessoria da deputada não respondeu aos questionamentos sobre as recentes contratações.
Zambelli teve sua licença de mandato encerrada em 5 de outubro, o que fez com que ela começasse a acumular faltas nas sessões da Câmara, colocando seu cargo em risco. Além disso, a deputada é alvo de um pedido de cassação em análise no Conselho de Ética. Sua defesa recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos, alegando que a parlamentar não recebe o tratamento médico adequado na prisão e que o processo de extradição violou suas garantias fundamentais.


