A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com rendimentos mensais de até R$ 5 mil, medida que deve entrar em vigor a partir de janeiro de 2026. O texto segue para análise do Senado e, se sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, beneficiará cerca de 10 milhões de contribuintes que passarão a estar isentos do tributo.
Atualmente, a isenção vale para quem recebe até R$ 3.036 por mês. Com a nova regra, além da ampliação da faixa para R$ 5 mil, haverá desconto progressivo para rendas entre R$ 5.001 e R$ 7.350. Segundo cálculos da Confirp Contabilidade, um trabalhador que ganha R$ 5 mil terá um ganho mensal líquido de aproximadamente R$ 312,89, o que representa uma economia anual superior a R$ 4 mil, considerando o décimo terceiro salário.
Para compensar a redução na arrecadação, estimada em R$ 25,8 bilhões em 2026, o governo manterá uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil, incluindo a tributação de lucros e dividendos acima de determinados valores. A medida pode impactar o cenário político nas eleições de 2026, especialmente diante da disputa entre os deputados Arthur Lira e Renan Calheiros, que apresentam projetos concorrentes sobre o tema.