A Vibra Energia deve apresentar resultados acima da média histórica no terceiro trimestre de 2025, com margens mais altas e aumento da participação de mercado, segundo relatório do BTG Pactual. Os analistas Luiz Carvalho e Gustavo Cunha ressaltam que os recentes ajustes na estrutura financeira e tributária da companhia reforçam o potencial de valorização das ações. O banco manteve a recomendação de compra e elevou o preço-alvo dos papéis de R$ 25 para R$ 27.
O relatório destaca que a Vibra negocia a um múltiplo ajustado de nove vezes o lucro esperado para 2026, considerando fatores como amortização do ágio da Comerc, uso de juros sobre capital próprio como escudo fiscal e créditos acumulados de ICMS. A monetização desses créditos e a incorporação da vantagem fiscal decorrente da aquisição da Comerc são elementos que ainda não estão totalmente refletidos nas projeções de mercado. O BTG projeta um Ebitda de R$ 164 por metro cúbico para o terceiro trimestre, sustentado por maior participação nas cotas da Petrobras, oferta restrita de importados e disciplina de preços.
A expectativa é que o ambiente favorável se mantenha no quarto trimestre, impulsionado pela intensificação da fiscalização regulatória, que elimina concorrentes não conformes. Esse cenário cria condições mais equilibradas para empresas com maior escala, como a Vibra, que deve continuar apresentando lucros robustos até o final do ano e além. Os analistas apontam que fatores cíclicos e estruturais estão alinhados para sustentar essa trajetória positiva.