Desde o início de setembro, grupos de WhatsApp compostos por brasileiros residentes nos Estados Unidos têm trocado mensagens sobre operações do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE). Entre as estratégias compartilhadas está o uso de drones para monitorar blitzes policiais, com relatos de prisões envolvendo mulheres e crianças. Essas ações ocorrem em meio a uma intensificação das fiscalizações migratórias, especialmente em comunidades com grande presença de imigrantes brasileiros.
Os grupos, acessados por brasileiros de diferentes estados dos EUA, como mineiros e mato-grossenses, funcionam como redes de alerta para evitar detenções e deportações. A circulação dessas informações evidencia uma tentativa organizada de driblar as autoridades migratórias, o que tem gerado preocupação entre especialistas em segurança e direito migratório. O ICE, por sua vez, mantém a postura de rigor nas operações e monitora o uso dessas tecnologias.
O uso de drones e a coordenação via aplicativos de mensagens podem agravar o conflito entre imigrantes e autoridades, além de levantar questões legais sobre a interferência em operações policiais. A situação demanda atenção das autoridades americanas para equilibrar a fiscalização com o respeito aos direitos humanos, enquanto os brasileiros envolvidos enfrentam riscos jurídicos significativos.