O governo brasileiro enxerga a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que ocorrerá na Malásia a partir de 26 de outubro, como o local ideal para um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Autoridades brasileiras indicam que o evento proporcionará um ambiente neutro para a reunião, evitando a Casa Branca ou Brasília. A confirmação da conversa está em andamento, embora Trump ainda não tenha oficializado sua presença na cúpula.
A iniciativa ocorre após um breve encontro entre os dois líderes na Assembleia Geral da ONU, quando Trump destacou a boa química entre eles e manifestou interesse em discutir as retaliações comerciais aplicadas pelos EUA ao Brasil. Desde julho, os Estados Unidos impuseram tarifas de 50% sobre diversos produtos brasileiros, gerando tensão bilateral. Lula, por sua vez, segue para Kuala Lumpur após visita à Indonésia, buscando ampliar parcerias comerciais na região asiática.
O possível encontro entre Lula e Trump representa uma oportunidade para reduzir atritos comerciais e fortalecer o diálogo entre Brasil e Estados Unidos. A aproximação pode influenciar positivamente as relações bilaterais e abrir espaço para negociações futuras. A presença dos dois presidentes na Ásia reforça a importância estratégica da região para ambos os países e sinaliza uma possível reconfiguração nas relações internacionais do Brasil.