O Brasil atravessa um momento crítico em sua economia, com 8,1 milhões de CNPJs negativados e 78,8 milhões de brasileiros endividados até agosto de 2025. Esta realidade é resultado de um acúmulo de dívidas desde a pandemia, exacerbadas por uma elevação drástica das taxas de juros, que subiram de 2% em 2020 para 15% em 2025. Apesar do aumento das vagas de emprego formal e da renda média, o cenário de inadimplência continua a crescer.
Os dados revelam que, em 2025, o endividamento das famílias alcançou 30,6% da renda, com a inadimplência afetando 30% das famílias. O aumento da inadimplência é atribuído a uma combinação de gastos excessivos, pressão inflacionária e juros altos, que dificultam a quitação das dívidas. Com as taxas de juros projetadas para permanecerem elevadas em 2026, as perspectivas para a economia não são otimistas, o que pode afetar o consumo e a capacidade de investimento das empresas.
Os especialistas alertam que a situação pode se agravar, especialmente para micro e pequenas empresas, que representam 93% do total no Brasil. A necessidade de uma educação financeira adequada, a renegociação de dívidas e a gestão do fluxo de caixa se tornam essenciais para enfrentar esse cenário. As empresas e as famílias devem se adaptar rapidamente para mitigar os impactos da inadimplência e buscar alternativas para a recuperação econômica.