Até o dia 1º de setembro, o Brasil contabilizou 41 notificações de intoxicação por metanol, segundo dados do Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional). Destes, 37 casos ocorreram no estado de São Paulo, com dez confirmações e 27 sob investigação quanto à origem da contaminação. Em Pernambuco, quatro casos estão em apuração. Uma morte foi confirmada em São Paulo, enquanto outras sete estão sendo investigadas — cinco no estado paulista e duas em Pernambuco.
O Ministério da Saúde enviou uma nota técnica a todos os estados e municípios orientando a notificação imediata de suspeitas de intoxicação por metanol. O documento também estabelece diretrizes para o manejo clínico dos casos e para a comunicação rápida das ocorrências. A intoxicação tem sido associada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, como gin, vodca e whisky, que provocaram internações graves, perda de visão e óbitos nas últimas semanas.
O metanol é um álcool industrial altamente tóxico quando ingerido, causando danos ao fígado, cérebro, nervo óptico e outros órgãos vitais. Até o momento, seis mortes foram relacionadas à intoxicação por metanol, sendo uma confirmada pelo consumo de bebida adulterada. As autoridades continuam investigando os casos para identificar a origem da contaminação e evitar novos incidentes. Casos graves relatados incluem pacientes em coma e com comprometimento visual irreversível.