Os exportadores brasileiros de café estão desenvolvendo duas estratégias para evitar tarifas impostas pelos Estados Unidos. Durante uma reunião em Brasília, no dia 22 de outubro, a diretoria do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) apresentou suas propostas ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A intenção é isentar o café até que um acordo bilateral seja firmado ou mantê-lo na lista de isenção produto a produto, conforme a ordem executiva de 5 de setembro.
O diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, destacou que a primeira proposta já foi formalizada ao secretário de Estado dos EUA e está em avaliação pela administração Trump. Enquanto isso, os Ministérios de Relações Exteriores, Agricultura e Fazenda estão trabalhando em conjunto para preparar a reunião entre os presidentes do Brasil e dos EUA, marcada para o próximo domingo, dia 26. Matos enfatizou a urgência da questão e a importância do café na pauta econômica das negociações.
Caso a suspensão das tarifas não seja viabilizada, Matos informou que o plano alternativo é incluir o café na lista de isenção produto a produto. Essa estratégia já foi observada em relação a outros produtos, como celulose e madeiras, que foram isentos. O vice-presidente Alckmin reafirmou a intenção de manter um canal de comunicação com o Cecafé para enfrentar os desafios das exportações de café, ressaltando a importância da colaboração contínua entre os governos brasileiro e americano.