O Brasil captou cerca de R$ 47 milhões em investimentos para mineração de criptomoedas na última semana, contrariando a tendência global de saída de recursos do setor. Segundo Ricardo Dantas, CEO da Foxbit, o país dispõe de um excedente significativo de energia renovável que estava sendo desperdiçado, e agora é utilizado para impulsionar a instalação de mineradoras estrangeiras. Essa iniciativa surge como uma solução rentável para o setor energético, que enfrentou perdas próximas a US$ 1 bilhão nos últimos dois anos devido ao excesso de oferta.
A mineração de criptomoedas demanda alto consumo energético, comparável ao de grandes data centers, envolvendo processamento e refrigeração intensivos. Dantas ressaltou que a valorização recente das moedas digitais e a maior clareza regulatória têm atraído empresas internacionais, como a Bitmain e grupos norte-americanos, interessados em estabelecer operações no Brasil. Negociações para criar parques de energia dedicados exclusivamente à mineração estão em andamento, buscando garantir retorno financeiro às geradoras e aumentar a competitividade do setor.
Esse movimento pode transformar o desperdício energético em geração de valor econômico e tecnológico para o país. A consolidação da mineração como uma atividade estratégica reforça o potencial do Brasil no mercado global de criptoativos e pode estimular novos investimentos e inovação no setor energético nacional.