O Bradesco BBI decidiu não recomendar a compra das ações da WEG (WEGE3), mesmo após elevar seu preço-alvo de R$ 44 para R$ 46, o que representa um potencial de valorização de cerca de 9%. Os analistas, Daniel Federle e Camila Koga, destacam que o múltiplo de preço sobre lucro (P/L) de 26 vezes para 2026 é considerado elevado e que as margens operacionais devem permanecer sob pressão no curto prazo.
Embora as projeções de receita tenham sido ajustadas para cima, com expectativa de crescimento de 7% em moeda constante, o banco prevê dois trimestres desafiadores pela frente. A receita deve enfrentar quedas no quarto trimestre deste ano e no primeiro trimestre de 2026, influenciada pela comparação com resultados anteriores mais fortes e pelas tarifas americanas sobre exportações brasileiras.
Os analistas destacam três vetores principais de crescimento para a WEG nos próximos anos, incluindo a expansão no setor de mobilidade elétrica e a produção de transformadores. Contudo, a expectativa de crescimento da receita permanece modesta, e o retorno de caixa livre ao acionista é considerado limitado, levando o Bradesco BBI a adotar uma postura cautelosa em relação à compra das ações.

