Bilionários da tecnologia planejam estátuas colossais nos EUA

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Recentemente, bilionários da tecnologia nos Estados Unidos, como o investidor Ross Calvin, têm investido em projetos grandiosos de estátuas, incluindo uma colossal escultura de 137 metros do deus grego Prometeu na Ilha de Alcatraz. Calvin, que se inspirou durante uma visita à Baía de São Francisco, busca criar um monumento que rivalize com a Estátua da Liberdade, que possui 93 metros de altura. O projeto, orçado em US$ 450 milhões, depende da reclassificação de Alcatraz como monumento nacional, uma tarefa que Calvin espera que o ex-presidente Donald Trump possa facilitar.

A iniciativa de Calvin se insere em um contexto mais amplo de uma nova geração de investidores que deseja marcar a paisagem americana com símbolos de valores ocidentais. Essa guinada à direita no Vale do Silício reflete uma reação a percepções de ataques às liberdades pessoais e um anseio por uma nova estética que ressoe com o patriotismo. Além de Calvin, outros investidores, como Joe Lonsdale e Elad Gil, também estão envolvidos em projetos que celebram figuras históricas e ideais conservadores, promovendo uma estética neoclássica que busca inspirar e afirmar uma visão de poder ocidental.

As implicações desses projetos são significativas, pois não apenas refletem uma mudança na cultura do Vale do Silício, mas também levantam questões sobre o que deve ser celebrado na memória coletiva dos Estados Unidos. O desejo de construir grandes monumentos como forma de afirmação cultural pode ser visto como uma resposta à remoção de estátuas que simbolizam partes controversas da história americana. À medida que esses planos avançam, a discussão sobre identidade, memória e representação no espaço público se intensificará, influenciando o futuro da paisagem cultural do país.

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