O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (23) que a inflação no Brasil continua acima da meta estabelecida, durante sua participação em um evento em Jacarta, na Indonésia. Ele expressou que a autoridade monetária está “bastante incomodada” com as expectativas inflacionárias, mesmo com sinais de um processo de desinflação em andamento. Galípolo reiterou a intenção de manter uma política monetária restritiva por um período prolongado para lidar com esse cenário.
Durante a apresentação, o presidente do BC destacou que a inflação atual exige cautela, embora a economia brasileira esteja em um ciclo de crescimento. A taxa básica de juros foi mantida em 15%, refletindo a necessidade de um controle mais rigoroso sobre a inflação, que atualmente está em um patamar elevado. Apesar do crescimento econômico e da redução do desemprego, Galípolo enfatizou que o controle da inflação é uma prioridade para garantir a estabilidade econômica.
Sem previsões sobre quando a inflação pode atingir a meta de 3%, Galípolo indicou que o Banco Central continuará sua política de juros altos até que haja uma convergência mais clara em relação às metas inflacionárias. Ele mencionou que a pesquisa Focus aponta uma expectativa de inflação de 4,70% para o final deste ano, o que reforça a necessidade de ações contínuas. O cenário inflacionário e as decisões do BC seguirão sendo temas centrais nas discussões econômicas brasileiras.

