O Banco Central (BC) anunciou o adiamento da regulamentação do PIX parcelado, cuja publicação estava prevista para setembro, sem informar um novo prazo para a divulgação das normas. A iniciativa busca padronizar uma modalidade de crédito já oferecida por várias instituições financeiras, beneficiando cerca de 60 milhões de pessoas sem acesso ao cartão de crédito. Segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo, o PIX parcelado funcionará como uma alternativa de empréstimo para esses consumidores.
O PIX parcelado permitirá que o comprador parcele o pagamento de uma transação via PIX, enquanto o lojista recebe o valor integral à vista, sem precisar pagar juros para antecipação. A instituição financeira do comprador será responsável pela concessão do crédito e pela gestão de riscos, incluindo cobrança de juros em caso de inadimplência. O BC espera que essa modalidade seja competitiva e ofereça taxas vantajosas em comparação ao cartão de crédito.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) considera o PIX parcelado uma evolução natural do sistema de pagamentos, ampliando as opções para os clientes. Por outro lado, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) apoia o adiamento, destacando a necessidade de aprofundar o debate sobre os riscos de endividamento e segurança para os consumidores. O adiamento também abre espaço para aprimorar a infraestrutura contra fraudes no sistema financeiro.