Um estudo recente revela que somente 1% das empresas listadas na B3 conta com pessoas pretas em suas diretorias, enquanto apenas 3% têm membros com deficiência em posições de liderança. Apesar de um aumento significativo na presença de mulheres em cargos de comando, a diversidade racial e de deficiência ainda é alarmantemente baixa. Os dados foram divulgados pela B3 em 28 de outubro de 2025, destacando a necessidade de melhorias nesse cenário.
De acordo com a pesquisa ‘Lideranças Plurais’, 65% das empresas agora incluem mulheres em seus conselhos, um aumento em relação a 55% em 2021. No entanto, a inclusão de pessoas pardas e pretas nas diretorias é preocupante, com apenas 17% e 1% das empresas, respectivamente, reportando a presença desses grupos. A diretora de Emissores da B3, Flávia Mouta, enfatiza que, embora os indicadores de gênero tenham mostrado progresso, a diversidade racial e de deficiência ainda não recebeu a mesma atenção nas estratégias corporativas.
A B3 introduziu o Anexo ASG com o modelo ‘pratique ou explique’, exigindo que as empresas justifiquem publicamente a ausência de diversidade em seus quadros. A diretora ressalta a importância de ações concretas, como o Guia de Diversidade, desenvolvido em parceria com o Instituto Locomotiva. A transformação cultural nas organizações é essencial para superar barreiras históricas e promover a inclusão efetiva de grupos sub-representados no mercado de trabalho.

