Um estudo recente divulgado no Journal of Archaeological Science investiga rituais antigos na Catalunha, Espanha, através da análise de crânios humanos datados de aproximadamente dois mil anos. Os restos mortais, encontrados em assentamentos antigos como Puig Castellar e Ullastret, geraram debates entre especialistas, que dividiam suas interpretações entre relíquias veneradas e troféus de guerra.
A pesquisa, conduzida pelo arqueólogo Rubén de la Fuente-Seoane, revela que a exibição dos crânios poderia ter um significado simbólico, dependendo de sua origem e localização. As análises isotópicas realizadas sugerem a presença de crânios de pessoas de diferentes regiões, possivelmente como uma forma de demonstrar poder e intimidar inimigos. Essa complexidade nas interpretações destaca a necessidade de mais estudos sobre as práticas funerárias e rituais da época.
As descobertas abrem novas discussões sobre as práticas culturais na Península Ibérica durante a Idade do Ferro. Especialistas como Jordi Principal, do Museu de História da Catalunha, enfatizam que a coexistência de rituais de veneração e exibição de troféus pode refletir a diversidade sociocultural das tribos daquele período. A pesquisa, embora promissora, requer mais investigações para confirmar as conclusões apresentadas.

