Na última terça-feira, 28 de outubro, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou a inclusão do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV) na lista de grupos considerados terroristas. A decisão foi tomada após uma megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou na morte de ao menos 119 pessoas. Esta ação destaca a crescente preocupação da Argentina com a influência das facções criminosas brasileiras em sua segurança.
Bullrich explicou em entrevista que essa medida visa fortalecer o controle sobre os detentos estrangeiros relacionados a essas organizações. Atualmente, há 39 brasileiros detidos na Argentina, com cinco ligados ao Comando Vermelho e entre sete a oito ao PCC. A ministra ressaltou que a vigilância sobre esses presos é rigorosa, a fim de impedir que adquiram poder dentro do sistema prisional argentino, algo que, segundo ela, não ocorreu em outros países.
A classificação dos grupos como narcoterroristas pode ter implicações significativas nas relações entre Argentina e Brasil, especialmente no combate ao tráfico de drogas e à criminalidade organizada. Além disso, a ação pode intensificar a colaboração entre os dois países na luta contra o narcotráfico. A ministra também criticou o modelo de convivência com o narcotráfico em outros países, enfatizando a necessidade de um controle estatal mais rigoroso.

