A Anti-Defamation League (ADL), uma das principais organizações americanas dedicadas à defesa dos direitos judaicos e ao combate ao ódio, removeu na noite de terça-feira mais de mil páginas de seu site que continham pesquisas detalhadas sobre extremismo. A decisão foi tomada após uma forte reação online promovida por influenciadores de direita e pelo empresário Elon Musk. O material excluído incluía um glossário com mais de mil entradas que explicavam grupos e ideologias associadas a incidentes racistas, antissemitas e outras formas de intolerância.
Entre os conteúdos removidos estavam informações sobre grupos neonazistas, milícias e teorias conspiratórias antissemitas. Atualmente, as páginas que antes hospedavam esses dados redirecionam para a página principal da ADL dedicada à pesquisa sobre extremismo. A retirada do conteúdo provocou debates intensos sobre os limites da liberdade de expressão, o papel das organizações no combate ao ódio e a influência das redes sociais na moderação de informações sensíveis.
Este episódio pode afetar o acesso público a dados fundamentais para o monitoramento do extremismo nos Estados Unidos, além de evidenciar a crescente tensão entre ativismo político, plataformas digitais e discursos de ódio. A ADL enfrenta o desafio de manter a transparência e a segurança diante das pressões políticas em um cenário cada vez mais polarizado.