Em 21 de outubro de 2025, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu rejeitar o pedido da Enel RJ para refinanciar cerca de R$ 5,8 bilhões em dívidas contraídas entre 2018 e 2021. O diretor Fernando Mosna enfatizou que a autorização para essa operação poderia comprometer a sustentabilidade econômico-financeira da distribuidora, que já está endividada além dos limites prudenciais determinados pela regulação.
A decisão da Aneel implica que a área técnica da agência iniciará uma fiscalização para verificar a veracidade das informações divulgadas pela Enel RJ. Além disso, a Aneel comunicará oficialmente à Comissão de Valores Mobiliários sobre uma possível informação enganosa relacionada ao vencimento de um dos empréstimos da empresa. O diretor de Regulação da Enel, Hugo Lamin, argumentou que a dívida discutida totalizaria apenas R$ 2,8 bilhões, mas a Aneel considerou que o pedido poderia agravar a alavancagem da empresa.
A tentativa da Enel de afastar o diretor Mosna da relatoria do processo foi negada pela Aneel, que classificou o pedido como sem fundamento. A Procuradoria Federal junto à Aneel também reafirmou que ações judiciais contra diretores não configuram impedimento válido. A distribuidora ainda recorreu à Justiça, mas a liminar solicitada foi negada pela juíza Isaura Cristina de Oliveira Leite, da Justiça Federal da 1ª Região.

