Ambipar solicita recuperação judicial após colapso financeiro envolvendo ex-executivos

Patricia Nascimento
Tempo: 1 min.

A multinacional brasileira Ambipar pediu recuperação judicial em 21 de outubro de 2025, apontando uma série de transações financeiras arriscadas como responsáveis pelo colapso. As operações, que envolveram o ex-CFO João Arruda e o vice-presidente do Deutsche Bank, Henrique Ramin, foram estruturadas para captar US$ 493 milhões, mas geraram perdas substanciais para a empresa e seus investidores.

As questões começaram a se intensificar com a introdução de um produto financeiro pela XP Investimentos, denominado COE, que estava atrelado aos títulos da Ambipar. A empresa alegou que não teve envolvimento na comercialização do COE, que acabou sendo liquidado, resultando em prejuízos de mais de 90% para os investidores. Ao mesmo tempo, a Ambipar enfrentou exigências de pagamento imediato de dívidas de bancos, criando uma espiral de crises financeiras.

A situação levantou sérias preocupações sobre a governança da Ambipar e a transparência nas operações financeiras. A XP Investimentos, por sua vez, defendeu suas práticas, afirmando que a desvalorização dos bonds da Ambipar ocorreu antes da liquidação do COE. O desdobramento desse caso pode ter implicações significativas para o mercado financeiro brasileiro, bem como para a reputação das instituições envolvidas.

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