A Amazon anunciou planos para automatizar até 75% de suas operações nos Estados Unidos, o que pode resultar na eliminação de mais de 600 mil empregos até 2033. A estratégia, baseada em documentos internos, visa reduzir custos e manter a expansão, mesmo com a expectativa de crescimento nas vendas. A empresa pretende replicar o modelo já aplicado em seu centro de distribuição em Shreveport, Louisiana, onde a automação já permite operar com menos trabalhadores.
Nos bastidores, a Amazon revisa sua comunicação sobre o tema, evitando termos como ‘robô’ e ‘automação’, em favor de expressões como ‘tecnologia avançada’. A companhia também está explorando maneiras de destacar oportunidades em áreas técnicas, embora essas vagas representem uma fração do total de empregos que poderão ser eliminados. Apesar das preocupações, a Amazon afirma que continua a criar empregos, com planos de contratar 250 mil pessoas para o período de fim de ano.
Os impactos dessa automação podem ser profundos, especialmente para trabalhadores de baixa renda e minorias, que predominam nas funções de armazém. Especialistas alertam que, se as projeções se concretizarem, a Amazon poderá se tornar um destruidor líquido de empregos, o que levantaria questões sérias sobre o futuro do trabalho na empresa. O CEO Andy Jassy enfrenta pressão para equilibrar eficiência e crescimento em um ambiente pós-pandemia.

