O ex-ministro Aldo Rebelo, que atuou em governos petistas, revelou em entrevista que teria preparado um decreto de Estado de Sítio em apoio a Dilma Rousseff durante a crise do impeachment. Ele argumentou que essa ação seria uma prerrogativa presidencial, desafiando a ideia de que tal medida seria considerada um golpe. Rebelo fez essa afirmação no programa ‘Só Vale a Verdade’, onde também criticou a comparação entre suas ações e as do ex-presidente Jair Bolsonaro, que ele acredita não ter liderado uma tentativa de golpe.
Com uma longa trajetória política, Rebelo, que foi membro do PCdoB e presidente da Câmara dos Deputados, sustentou que a elaboração de decretos em momentos de crise é prevista na Constituição. Ele enfatizou que sua proposta não seria um crime, mas uma resposta legal a uma situação excepcional. Rebelo também traçou um paralelo entre os eventos de 8 de janeiro de 2023 e uma invasão anterior do MST em 2006, argumentando que, em ambos os casos, não se deve rotular os envolvidos como golpistas ou terroristas, mas sim entender as motivações por trás de suas ações.
A posição de Aldo Rebelo traz um contraponto interessante ao debate político atual, especialmente por sua proximidade anterior com o campo da esquerda. Ao defender a legitimidade de suas ações e criticar a narrativa de golpe contra Bolsonaro, ele se coloca como uma figura relevante nas discussões sobre a crise política brasileira. Essa postura pode influenciar a percepção pública sobre os eventos recentes e a forma como a história política do Brasil é interpretada.

